O que as cores dos vinhos significam? – Leia e descubra.
Você sabia que as cores dos vinhos são repletas de significados? Isso porque a cor do vinho é influenciada pela cor das uvas, bem como pelo tempo de maceração e envelhecimento em barris de carvalho. Ou seja, a cor do vinho que está em sua taça conta uma história.
E você sabe qual é a história que esta cor está contando? Se ainda não, no fim deste artigo você vai conhecer o que as cores das uvas contam sobre os vinhos. Para isso, vamos contar como acontece esse processo.
Maceração
O primeiro passo para entender as cores dos vinhos é compreender onde tudo começa: no processo de maceração. É nesse momento que o líquido absorve todas as características da casca da uva, e é a casca que contém os polifenóis, que agregam cor à bebida.
A cor do vinho se torna mais intensa quando a casca fica em contato com o mosto a ser fermentado. Os vinhos mais ácidos, por exemplo, tendem a ter uma cor mais semelhante ao rubi.
A cor do vinho e sua idade
Para quem está começando a degustar os vinhos, esta é uma dúvida comum: a cor do vinho tem a ver com sua idade? Como praticamente tudo no mundo do vinho, a resposta não é 100% única, existe sempre uma exceção. Nesse caso, sim, a cor do vinho está associada a sua idade, pois com o tempo essa característica vai se alterando. Entretanto há vinhos cuja coloração indica um estágio de vida, mas na verdade por conta da sua uva e/ou o processo de produção, ele na verdade está com idade diferente do esperado ao analisar a cor. Por isso, nada de jogar o vinho fora, certo? É importante avaliar se a cor está, de fato, relacionada à idade, armazenamento e conservação.
As cores do vinho
Cada cor conta diferentes histórias sobre os vinhos. É importante lembrar que, no universo dos vinhos, não existem sólidas ou únicas, mas sim nuances de cores.
Nos brancos a escala de cores vai dos tons limão, tipicamente de vinhos mais jovens, leves e com maior acidez, passando pelo dourado e chegando ao âmbar, este último típico de vinhos já com algum tempo de guarda.
Nos rosés essa escala vai do rosa, quando é todas as nuances são puramente rosa, passam pelos rosa-alaranjados e por fim para os de tonalidade laranja, muito raros.
Já os tintos vão de uma escala que sai do púrpura e chega ao aloirado, também influenciada pela idade do vinho (e não só, não podemos esquecer que a uva e os processos de produção também estão ligados à coloração). Os púrpuras, com nuances azuladas, costumam indicar vinhos mais jovens, ou vinhos produzido com a casta Malbec ou Tannat e têm a tendência de serem bastante encorpados. A próxima tonalidade na escala são os Rubi. Vermelho vivo, é a cor mais comum entre os tintos. Depois passam para granada, quando apresentam nuances castanhas e alaranjadas evidentes, mas estas ainda não se sobrepõe ao vermelho. Nesse caso, podemos suspeitar de um vinho com um pouco mais de tempo em garrafa e/ou que tenha passado por estágio em carvalho. E por fim, a tonalidade aloirada, quando os tons telha/castanho/laranja se sobrepõe ao vermelho.
Além disso, quando avaliamos a cor do vinho, não ficamos só com a percepção das tonalidades. Inclusive, antes de notar esse aspecto, fazemos uma análise da intensidade dessa cor. Em outros termos, a quantidade de cor que esse vinho tem. Pálida, média ou profunda são as três classificações e para ser mais assertivo na análise deve-se inclinar a taça a 45º, de preferência a cima de uma superfície branca e em ambiente bem iluminado, e perceber o quão translucido é o vinho. Quanto melhor puder ver o que está depois da taça, o vinho é pálido e tende a ter menos corpo. Se consegue ver, mas não com muita nitidez, o vinho tem intensidade média e possivelmente mais corpo e se não consegue ver, o vinho é profundo e com grandes chances de ser bastante encorpado e denso em boca.
Uma cor para cada uva
Você sabia que a cor do vinho pode mostrar qual uva foi utilizada para sua produção?
Lá no começo deste texto, falamos sobre o processo de maceração, que provoca a absorção das características da casca da uva. Agora, vamos contar a você quais tipos de uva geram determinada cor. Lembrando, mais uma vez, que a ciência do vinho não é exata e, como já comentamos, para além da idade e da uva, os processos de produção também podem alterar seu aspecto, principalmente quando há uso de madeira durante a vinificação.
Vinhos rubis translúcidos, menos encorpados e com maior nível de acidez:
Uvas utilizadas:
Gamay;
Pinot Noir.
Vinhos rubis semi translúcidos, mais encorpados e taninos moderados:
Uvas utilizadas:
Merlot;
Tempranillo;
Vinhos roxos ou violetas, muito encorpados, taninos altos e cores mais opacas
Uvas utilizadas:
Malbec;
Tannat
Syrah/Shiraz.
Vinhos amarelos, verdes pálidos, menos encorpados, mais transparentes e com alto nível de acidez:
Uvas utilizadas:
Pinot Grigio;
Sauvignon Blanc;
Verdejo.
Vinhos amarelos dourados, encorpados, brilhantes e com níveis de acidez moderados:
Uvas utilizadas:
Fernão Pires
Pinot Blanc;
Trebbiano.
Vinhos amarelos ainda mais dourados e intensos, encorpado e com media/baixa acidez:
Uvas utilizadas:
Chardonnay;
Antão Vaz;
Semillon.
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